terça-feira, outubro 14

Snif, snif... Quem não viu perdeu um jogo dramático e intensamente disputado, superior à maioria dos embates entre marmanjos que testemunhei nos últimos tempos. Pena que a Suécia terminou derrotada. Após um início cauteloso, as duas equipes passaram a criar e desperdiçar chances de gol, mas coube à Suécia inaugurar o marcador em bela trama de sua dupla ofensiva: lançamento de Victoria Svensson e gol de Hanna Ljungberg, que finalmente justificou a fama com uma grande atuação. Vantagem merecida pela ousadia das suecas, que, em alguns momentos, chegaram a exercer marcação por pressão na intermediária adversária. Porém, logo após ser dada a saída para o segundo tempo, a Alemanha chegou ao empate. Animadas com o gol prematuro, as alemãs detonaram uma blitzkrieg pra cima da assustada defesa escandinava. Aí brilhou a goleira Caroline Joensson, cujas defesas espetaculares mantiveram a igualdade no placar. Desgastadas pelo inclemente sol do meio-dia, as suecas estavam praticamente entregues; o gol alemão parecia ser apenas uma questão de tempo. Foi então que Vickan (apelido de Svensson) provocou uma reviravolta no andamento da partida: em lance individual, ela invadiu a área alemã, passou a bola entre as pernas de duas adversárias e por pouco não marcou um golaço. A plasticidade da jogada quebrou um pouco da autoconfiança alemã e, ao mesmo tempo, renovou o ânimo das extenuadas companheiras de Vickan. A Suécia se lançou ao ataque e criou seguidas oportunidades, sempre com as afinadas Svensson e Ljungberg. Oportunidades, aliás, que o time nórdico logo iria lamentar ter perdido. Na prorrogação, a Alemanha impôs sua maior força física (conforme previ no post abaixo), retomou o controle do jogo e marcou o gol que lhe valeu o título. Às suecas só restou desabar no gramado e chorar lágrimas de esguicho.

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